WEB ARTISTA de Abril:

ISABEL SAIJ / FRANÇA

 

PORTUGUÊS:

1- BIO e Informações:

Isabel Saij
Data de Nascimento 1954
Francesa
vive e trabalha em Mervent (France) e em Vienna (Austria)

1984 : dissertação em "artes visuais e ciências da arte" na Sorbonne Paris 1
tema: "Egon Schiele 1890/1918“

1983-1999 : Pinturas, instalações, objetos, exibidas individualmente, em grupo ou em feiras de arte.

2000: Iniciou suas pesquisas na arte gerada por computador: desenhos 2D e 3D, animações 2D e 3D, realidade virtuall virtuality, net.art,...

2002: Primeira exibição on line de peças de net.art.

2003: Passa a fazer parte da equipe de escritores da revista californiana "netartreview

2005: Atividades atuais:
-net.artista, artista multimídia, ativista copyleft
-crítica
-fotografia
-desenho de som
-pesquisadora

Seus trabalhos podem ser vistos diretamente nos seguintes endereços:


http://www.saij-netart.net
http://www.saij-copyleft.net
http://www.bibiche.net
http://www.digressions.net
http://www.saij-photos.net
http://perso.wanadoo.fr/isabelsaij-net


2- WORK (s):

POLITICAL TRANSPARENCY

Preto & branco. Preto ou branco. Camadas empilhadas. Interferências. Formas Geométricas 2D, claras e bem perceptíveis, movendo-se facilmente. Formas geométricas 3D rodando, todas as faces perfeitamente polidas, sem qualquer desigualdade ou aspereza.

Nós olhamos para elas, através delas, ao redor delas. História sem palavras.

O que dizer?

Estes objetos que se movem constantemente não podem mofar, podem? Preto e branco. Um sistema preto ou branco ou sábio de pensar, um binário, um maniqueísmo, em uma região cinzenta com janelas barradas. Errado ou certo, é fácil, é engraçado, não é?

Nossos políticos ocidentais (esses eu conheço melhor?)... Modelos de perfeição, qualquer um em que você pense....

Que tal Bush? O presidente de nossos sonhos, com uma família de nossos sonhos, vivendo na terra de nossos sonhos, com uma democracia de...

Não está Bush se sacrificando tanto, agindo por um propósito nobre, contra o mal! Você é bom ou ruim, Não esqueça! Você está com ele ou contra ele, crente ou infiel, A favor da vida ou criminoso, A vida de uma mulher requer um ato novo durante a noite, mesmo que não exista mais esperança para recuperar a saúde. Ao mesmo tempo, no Texas, novos recrutas são atraídos. Eu ouvi que eles não agem sob grande pressão, ótimo, isto é um alívio. Para resumir, perder uma vida vegetativa na cama não é desejado por Deus, Perder a vida no Iraque é uma pena, mas tem que ser assim, e os rapazes fazem o trabalho deles! Por uma razão tão boa. Pela democracia. Para um mundo melhor ditado por ele, Bush, só ele sabe o que serve para nós, e acha e prediz o que Deus diz e deseja. Para nós. Bush como um político visionário com justeza geopolítica, com falcões e abutres que fedem de pólvora e óleo.

Novos objetivos numa nova política americana? Claro. A Senhora Rice torna-se tão boa. Estávamos nós todos errados? Os americanos comem batatas fritas novamente. Bem-vindos à “Velha Europa”. A Senhora Rice é uma amante de música. Melhor, ela faz música. Ela ama a França novamente, visita-a e responde a duras perguntas selecionadas entre os estudantes…sobre democracia!

Que tal Berlusconi, não tolerando nenhum passo para o lado da mídia ou da radiodifusão? Não se preocupe, o chefe é o chefe, ele sabe uma resposta: comprar e se tornar dono.

Que tal Putin? Ele amordaçou a imprensa e matou o presidente democraticamente eleito da Chechênia..

Que tal a Europa e a França neste exato momento? Nós - França e outros países da união - devemos votar – um referendo - para um tratado constitucional para a Europa, para um texto ilegível que nos promete o melhor! O melhor modo em direção a um ultra liberalismo? Silêncio... simplesmente será melhor, acredite neles. Nós devíamos dizer “SIM“ para mais prosperidade, mais liberdade ou chances de mudar coisas que são necessárias. Acredite neles. Dizer que “Não“ poderá levar a um desastre apocalítico. A briga é sangrenta: mentes inteligentes contra idiotas
... Nós falamos sobre o sistema americano?... A radiodifusão e a imprensa empurram-nos para uma aprovação deste tratado, Como um rebanho de ovelhas. E as pessoas têm cada vez menos poder aquisitivo, perdem o emprego, e os acionistas, ao mesmo tempo, conseguem cada vez mais. Nenhum limite. E agora, depois de alguns meses, quais são os resultados das pesquisas de opinião? Vergonha. Quem assumiria o risco de ofender o povo. Dilema. Mas de qualquer maneira, o governo joga com a angústia.

Transparência política.

Nós somos as ovelhas, quer gostemos ou não. A radiodifusão está perpetuamente mentindo, a imprensa mente, manipulando e manipulada, e os políticos parecem orquestrar o todo, completamente limitados, como nós somos.
O que poderiam eles fazer, exceto um maravilhoso e brilhante show...
Nós somos as ovelhas e os marionetes. Eles são também.

Talvez nós possamos quebrar as cadeias, cortar as linhas, e ficarmos vermelhos, ovelhas vermelhas, ovelhas enraivecidas!

E nossos políticos? Eles podem gritar? Eles ficam em uma zona cinzenta: não fazendo o que dizem e não dizendo o que fazem.
Aparência Política?

Eles conseguem poder? Não. O sistema econômico SIM. Alguns apenas, alguns poucos detentores do poder de decisão. Ser agradecidos. Nós podemos admirar estes impotentes políticos marionetes. Eles não são perigosos.

Seja feliz, relaxe, tudo está bem. Nós podemos confiar neles, eles fazem seu trabalho para o nosso próprio bem...eles nos protegem...certo... Wolfowitz se tornou administrador do banco mundial.

OUTRAS OVELHAS IMPERDÍVEIS:

em: https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/sheep (- desça pela barra de scroll até Isabel Saij -)


PRIMEIRA RESENHA COLABORATIVA DE 2005

OBRAS:

POLITICAL TRANSPARENCY (Transparência Política)

E

OVELHAS (Isabel Saij I, II, III, IV)

 

1- Você acredita?

por Regina Célia Pinto

 
Minha avó nascida em 1896, disse-me certa vez:

"Eu gosto de romances, gosto de histórias... É ..éé, agora não sei, passou a hora... Antigamente a mulher era mais presa. Para ficar fazendo coisas, histórias, só lá uma vez ou outra. Eu tive vontade mas não tinha talvez competência para escrever uma história. Nem tinha as facilidades de hoje. Eu sou de 96, não sou de 900. Quando eu nasci a mulher nem estudava. Quem sou eu? Eu entrei no colégio porque a minha mãe era um pouco assim adiantada. Era uma das poucas pessoas adiantadas..."

Minha avó Sylvia, aos 94 anos, 1990.

(Minha avó cursou apenas o que hoje chamamos aqui no Brasil de ensino fundamental, primeiro segmento, no entanto leu em média um livro por semana durante grande parte de sua vida...)

É interessante comparar esse texto de minha avó com a biografia de Isabel Saij, nascida 58 anos depois de 1896.

Isabel Saij
born 1954
french
lives and works in Mervent (France) and Vienna (Austria)


1984 : dissertation in "visual art and science of art" La Sorbonne Paris 1
subject : "Egon Schiele 1890/1918"

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Os primeiros movimentos em direção ao sufrágio universal ocorreram no início do século XIX, e tinham como enfoque remover requisitos para votar. Apenas no final do século XIX e no início do século XX, o enfoque do sufrágio universal voltou-se para as restrições contra o direito de voto das mulheres.

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Nestes poucos parágrafos que escolhi para iniciar meus comentários sobre o trabalho da artista francesa Isabel Saij fica bem evidenciado que o século XX foi de muita importância para o gênero feminino.

"Transparência Política", a obra de Isabel Saij que estamos analisando, tanto pela conscientização política que demonstra e pela forma como faz uso da tecnologia e da Arte para revelar isso, é, sem dúvida, uma conseqüência do que o gênero feminino logrou alcançar no século XX.

"Transparência Política" e o texto da Autora sobre o próprio trabalho ("Preto e branco. Um sistema preto ou branco ou sábio de pensar, um binário, um maniqueísmo, em uma região cinzenta com janelas barradas.") me fizeram lembrar Deleuze e Guattari no "Mille Plateaux", onde afirmam ser o rosto um muro branco com um buraco negro e indicam o relacionamento entre o corpo e o poder. É o arranjo concreto do poder despótico e autoritário que desencadeia a máquina abstrata de "visageité", a qual opera uma
"visagéification" de todo o corpo, de seus arredores e de seus objetos, tornando paisagem todos os mundos e ambientes. O rosto é politico. Somos o que o poder quer!

"Political Transparence" ou Máquina Abstrata de 'Visageieté'"

Isabel Saij declarou:

"Nós somos as ovelhas, quer gostemos ou não. A radiodifusão está perpetuamente mentindo, a imprensa mente, manipulando e manipulada, e os políticos parecem orquestrar o todo, completamente limitados, como nós somos. O que poderiam eles fazer, exceto um maravilhoso e brilhante show... Nós somos as ovelhas e marionetes. Eles são também."

O rosto como paisagem - Salvador Dali, El Gran Paranoico, 1936

Desfazer o rosto não é um trabalho pequeno. Se o rosto é político, desfazê-lo também é uma política. Não podemos lutar contra o rosto e contra a máquina abstrata de "visageieté". É preciso lutar com esses elementos e inventar um novo uso para eles.

É somente no buraco negro da consciência e da paixão subjetivas, onde cada um se conecte aos espaços desconhecidos do outro, sem lá entrar nem conquistar que podemos desmontar esse sistema... Há necessidade da disponibilidade intelectual de cabeças pensantes (como a de Isabel Saij) que capacitem a máquina abstrata de "visageité" para um funcionamento diferente, iniciando-se assim um ano zero, mas para isso é preciso romper com os códigos anteriores.

"Tenha um bom tempo, relaxe, tudo está bem. Nós podemos confiar neles, eles fazem seu trabalho para o nosso próprio bem...eles nos protegem...certo... Wolfowitz se tornou administrador do banco mundial."

Estaremos mesmo perdidos num labirinto sem saída * ou resta alguma esperança?

Um outro Autor francês, Jean Duvignaud, afirmou:

"A criação artística é uma aposta sobre a capacidade da espécie humana para inventar novos tipos de relações e para viver emoções ainda desconhecidas."

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*...labirintos..., querida Isabel poderia nos contar alguma coisa sobre a sua surpreendente série de ovelhas "e-motions". https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/sheep (Isabel Saij [III]

 

Bibliografia:

DELEUZE, Gilles et Guattari, Félix. Mille plateaux. Paris: Les Éditions Minuit, 1980.

DUVIGNAUD, Jean. Sociologia da Arte. Rio de Janeiro, Editora Forense, 1970.


E você, o que PENSA?

Você acredita que o poder da criação da espécie humana para mudar a "paisagem política"?

Você acredita que o sufrágio universal pode mudar o mundo?

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Isabel Saij responde:

Querida Regina, queridos amigos,

Primeiramente obrigada Regina, pelo seu convite.
É um prazer real fazer parte da "resenha colaborativa".
Você sabia que o Brasil está sendo celebrado esse ano na França?
Muitas trocas (oficiais)! A "resenha colaborativa". é certamente um dos projetos mais originais, exclusivo e não oficial...

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Sim Isabel, eu sabia e os brasileiros estão muito honrados com isso. Eu estou certa que você sabe que por muitos anos a maior influência cultural aqui no meu país foi a francesa. E, é apenas por um acaso que eu não tenho o francês como meu idioma nativo. Os franceses, liderados por Villegaignon fundaram uma colônia no Rio de Janeiro em 1555.

Muito obrigada pela sua opinião sobre a Resenha Colaborativa!

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Questão 1:

"Você acredita que o PODER DE CRIAÇÃO da espécie humana pode mudar a 'paisagem política'?"


Resposta de Isabel:

Seria tolo pensar que uma criação artística poderia mudar o mundo. Não obstante eu penso que é necessário ser ativo com o objetivo de criticar. Sendo uma artista - sendo uma "ovelha livre"?- Eu tenho a impressão que alguns poucos trabalhos provocam reações dos setores político / econômico / financeiro. Por exemplo o caso Steve Kurtz nos EUA.


E agora uma resposta de Bill Gates para a questão:

"Você pensa que as leis de propriedade-intelectual necessitam ser reformuladas?"

Não, eu diria que no mundo da economia, há mais crédito para a propriedade intelectual do que antes. Também existem menos comunistas no mundo hoje. E existem novos comunistas que desejam livrar-se de incentivos para músicos, cineastas e criadores de software sob vários disfarces.

Bill Gates é claramente contra pessoas e artistas que usem copy = left, isto é Artistas exibindo os seus trabalhos usando "copy-left" ou "Creative Commons Licence".

As duas instâncias mostram um medo. Severas acusações contra pessoas, artistas que querem compartilhar e espalhar cultura e conhecimento. Bem, artistas com pouco poder obtiveram reações fortes da administração dos EUA e do homem mais rico do mundo.


Uma mudança da "paisagem política", claro que não, mas o significado da reação não deve ser menosprezado.


Questão 2:

" Você acredita no SUFRÁGIO UNIVERSAL para mudar o mundo?"

Se eu estivesse vivendo numa das inúmeras ditaduras deste mundo, eu seria muito feliz, certamente, com a possibilidade de votar. Um voto = a um sinal de minha própria existência. Agora, qual é a situação em algumas "antigas" democracias? Aqui na Europa (onde eu moro e onde eu conheço melhor a situação) nós temos uma administração social-democrata na Alemanha e uma administração liberal na França. Há uns 10 anos atrás era exatamente o contrário. Atualmente nos dois países o desemprego é muito alto e o número de pessoas pobres está sempre crescendo (assim como a fortuna dos mais ricos.)

Conclusão: qualquer que seja o seu voto e as mudanças de administração que ele traga o resultado é o mesmo: nenhuma melhora para aqueles que desesperadamente esperam por ela. Eu gostaria de obter algumas opiniões de outros continentes e países.

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Os associados da Newsletter respondem:

(As respostas estão dispostas por ordem de chegada.)

I- Isabel Aranda Yto: (Chile)

1- ¿Usted cree que el PODER DE CREACIÓN de las especies humanas puede cambiar el paisaje "político? "

El paisaje político siempre ha contado con la participación del "poder creativo" ya que este siempre ha existido, para bien o para mal. Si el ser humano toma conciencia de que se puede y debe cambiar el paisaje político, el poder creativo será una gran herramienta. Son dos elementos que van unidos, la conciencia y la creatividad. Es difícil cambiar el paisaje político porque la mayoría las personas son dirigidas "desde arriba", se manipula su instinto natural, en beneficio de las clases dirigentes. Creo que en los tiempos modernos el poder creativo de algunas personas bien intencionadas no es suficiente.

2- ¿Usted cree que el SUFRAGIO UNIVERSAL puede cambiar el mundo?

Si se manipulan las votaciones, si no hay conciencia en las personas, ¿De qué sirve el sufragio? Creo que el sufragio Universal cambia el mundo permanentemente, pero no siempre para positivo. Es una herramienta indispensable, pero no es en sí la salvación de nuestras sociedades.


Isabel Aranda YTO
http://www.yto.cl


II- Brad Brace: (Canadá / USA)

Eu penso que há uma revolução universal sendo preparada ...


III- David Daniels: (USA)

1. SIM! Eu acredito no poder de criação da espécie humana para mudar a "paisagem política".


2. Não. Eu não acredito que o Sufrágio Universal suffrage pode mudar o mundo. Acredito que a única coisa que pode mudar o mundo numa boa direção é Auto Conhecimento Universal. tudo é ensinado nas escolas, exceto nosso próprio "Self". As pessoas sabem tão pouco a respeito de próprio Self e suas necessidades que elas são facimente enganadas.

Abaixo uma pequena porção da entrevista de David Daniels
que explica poeticamente o que ele pensa:

"E se você deseja ver a Verdade olhe na face de uma criança sorridente. Rir é a verdade voando das profundezas do ser humano. Felicidade é um tesouro escondido. Se você percebesse que existe um tesouro escondido dentro de você, você não cavaria dentro de você mesmo até achá-lo? Diria 'Abre-te Sésamo' para uma parede de rocha dentro de você e veria ela se abrir para uma caverna cheia de magníficos tesouros? Para um motor invisível minúsculo cercado por iluminada moldura de mensageiros em ouro e rubi e pérola, casulo de sangue gigantesco ao redor de seu SELF?

Quando as crianças nascem elas são um fino e invisível motor tão suave como um espelho num piscina da água de seda dentro de um automóvel desajeitado... À proporção que crescem colidem em acidentes econseguem entalhes e raspaduras e sujeira de estrada por toda parte do seu automóvel. Elas são treinadas para esquecer que têm um motor invisível dentro. São forçadas a crer que a totalidade de seu ser é proteção de pára-choque, talhos e raspaduras e sujeira de estrada. São ensinadas pelos seus donos a devotar sua vida à velocidade e colisões, arrastando e escutando um alto e ridículo rádio e consertando e pintando sua proteção de pára-choque e entalhes e raspaduras. Sempre que elas dizem - "eu tenho um motor invisível. (O qual está tão perto que elas podem constatar "eu sou um motor invisível.") ou "eu posso ouvir a melodia de meu motor invisível."- Elas são informados que são loucas, ou obrigadas a fazer um passeio chato que elas odeiam, ou ele é Deus, ou elas devem se tornar tão sólidas quanto uma parede de pedra. Cedo em sua jovem brilhante tremulante vida a maioria de humanos esquece totalmente que eles são um motor invisível."


IV- Joesér Alvarez: (Brasil)

1- A paisagem política, é um quadro de gosto duvidoso que nem restauração e nem mudança de pintor resolvem, só uma criatividade poderosa mesmo pra mudar esse quadro.

2- Se a capacidade dele fosse igual ao meteoro que caiu no golfo do México, eu diria que sim ...


V- Paulo Silveira: (Brasil)

1 e 2 - As respostas são SIM e SIM, e tenho satisfação em responder isso, mesmo que as mudanças possam ser mais discretas do que gostaríamos. Tenho confiança nisso. E isso é o meu parecer, não apenas uma esperança.


VI- Jim Andrews: (Canadá)

Sim, eu acredito 1 e 2 :)


VII- Paulo Villela: (Brasil)

1- Sim. Mas a dificuldade quase intransponível será empolgar a massa humana para que a transformação aconteça. Um trabalho de política em cima de um produto criativo.

2- Imagino uma assembléia universal para tratar do assunto. Acho mesmo que com o mundo cada vez menor isso acabe acontecendo. E o resultado disso ?
Um bloco mais poderoso esmagando o resto...



VIII- Muriel Frega: (Argentina)

1- Este es uno de los temas en los que soy bastante descreída. La política es algo que básicamente me molesta porque reúne todas las características de lo que me desagrada, mentiras, ocultamientos, conveniencias, corrupción...

2- mhmhmhm, creo que no. me encantaría creer que sí, me gustaría pensar que se puede...pero la realidad en pequeña escala me demuestra lo contrario.


IX- Ricardo Báez Duarte: (Venezuela)

1- Francamente ( e com remorsos não) A História ensina que isso é quase impossível.
Acredito nas forças da História "a la Spengler".

2- Não, não acredito. O Sufrágio Universal é baseado na teoria da inteligência das pessoas, mas a realidade mostra sempre a falta de inteligência das Pessoas e que elas são movidas pelo irracional e pela emoção.


X- Marcelo Frazão: (Brasil)

1- Sinceramente não. A mudança é possível apenas através da informação mais objetiva (pelo menos na realidade brasileira).

2- Não. Apenas o ser humano pode mudá-lo.


XI- Edward Picot: (UK)

1- Se você pretende dizer que se pode mudar a paisagem pelo poder da criatividade, eu penso que a resposta é tanto o Simcomo o Não. Não acredito que uma peça de arte possa mudar a "Paisagem Política", ou pelo menos é muito raro isso acontecer. Porém acredito que a tecnologia digital, particularmente a Web está mudando completamente a forma da sociedade, e criatividade é uma parte disso.

2- Se você pretende que todo mundo deve votar, então certamente. Ou se pretende que se deveria ouvir a voz de todo mundo, certamente outra vez.


XII- Nilda Saldamando (Chile)

1- Si puede. Y queda en evidencia en múltiples ocasiones ...... porque poder de creación es la capacidad de crear otras realidades que modifican inevitablemente ese " paisaje político " de apariencia inmóvil desde los poderes que pretenden un control permanente ... y pasa que de pronto humanas y humanos creamos lo inesperado señalando un antes y un depués ... constituídos hoy como hitos históricos de proceso humano ....

2- Cual mundo ?? el de cada quien .... el de un grupo .... el de una ciudad .... el de un país .... y a veces sí ...comprendiendo que los cambios absolutos no existen entonces ..... el sufragio manifiesta una opcion a considerar inobjetable .... como el no a la dictadura ... que sí nos cambió el mundo .....


XIII - Aliette guibert (France)

1- Sim e não. Não em estabelecer ou constituir poder (o mesmo em relação a vir); o único assunto que há um milênio reproduz melhor ela mesma são as formas do poder dos homens nos outros homens. Sim em assunto social, no campo da autonomia individual ou coletiva (uma paisagem permitindo um novo tempo real - nenhuma utopia).


2- Sim mas o real que registra os votos inúteis ou brancos como votos válidos. Caso contrário o sufrágio universal navega para a abstenção. Por um outro lado ninguém pode subestimar que a mudança, é de acordo com o voto (bom ou ruim:). Eu sou pelo voto universal mais freqüente e por qualquer motivo, até onde não é manipulado por um sistema proporcional. O voto universal para eleger simbolicamente pessoas apreciativas para cargos na direção de uma comunidade. O Trabalho ou conselhos criativos como uma base cooperativa para aldeias. Neste momento, o líder cognitivo, até o fim do projeto, é autor de seu conceito mas deve mudar na hora do próximo.


XIV- Elizabeth curtis

1- Sim, eu penso que a Arte pode mudar a "paisagem política". Existem muitos artistas que têm um novo conjunto de valores: o reconhecimento de nossas vidas em um universo interconectado combinado com o alcançar sucesso no mundo. O trabalho criativo servindo ao todo abrange esta visão e torna isso plausível. Nós poderíamos todos ser artistas de mudança social.

2- Sim. Eu acredito que o Sufrágio Universal possa mudar o mundo. Deve haver o direito de voto para todos.


XV- Clemente Padín

1- Depende de las circunstancias históricas. En general y en su mayor parte el arte es inocuo en relación a los cambios sociales y a las revoluciones. Sin embargo, cuando se obstruyen los canales de comunicación democráticos (p.e., en las dictaduras o bajo un terrorismo de Estado) el arte puede suplir esa carencia. El arte expresa la conflictividad social necesariamente (no puede dejar de hacerlo, haga lo que haga) y sólo puede cambiarla en la medida en que trasmitir la necesidad de los cambios. Es decir, no el arte quien cambia sino las gentes, las personas que asumen la conciencia de la necesidad de los cambios.

2- Bajo el régimen democrático capitalista, tal como le conocemos, es evidente que no puede cambiar nada. Sólo nos ofrece la ilusión de que la historia está en nuestras manos. Aún bajo gobiernos progresistas o de izquierda es obvio que no se ha podido avanzar un ápice en la línea de los grandes cambios estructurales en la sociedad. Por otra parte, tal como están planeadas las votaciones (por listas, regiones o por núcleos societarios) es imposible lograr su legitimización, ni siquiera lógica. Sin embargo, es preferible votar a padecer una dictadura.

 

 

Isabel Saij explica o labirinto poeticamente ...


e.motion

by Isabel Saij

( em https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/sheep / Isabel Saij [III}, para
encontrar desça pela barra de rolagem.)

Nenhum movimento. Uma ovelha.
Ficando ciente de sua solidão.
Emoção = e.motion
torna-se eletrificada.
Movimento. Uma ovelha encontra uma ovelha encontra uma ovelha.
Diálogo. Comunicação.
Ilusão de conforto.
e.motion.
3 ovelhas em movimento.
no labirinto da poesia vida.
tentando sair de uma situação confusa.
encontram outras delas tentando o mesmo.
tentando deixar um sistema.
saída nenhuma saída.
saída por acaso
ilusão da liberdade.
a liberdade é um fardo pesado.
escolha múltipla.
ovelhas no topo do precipício.
e.motion.
Um salto no abismo.
O outro também.
Seguir é agradável.
é uma queda suave...

Esta série de imagens 3D quase animadas de Isabel Saij para a qual a Artista escreveu a declaração poética acima, me parece encantadora, embora dramática. O uso da cor é excelente e pontua o drama que se desenvolve através dos quadrinhos. A maneira como a artista usa diferentes pontos de vista amplia o interesse do observador que se torna cada vez mais interessado em descobrir o que vai acontecer na próxima cena... As ovelhas verde elétrico são pequeninos robôs, uma provável alusão a tudo que a Autora já nos revelou em "Political Transparence". Para mim essa é uma série fantástica, não canso de observá-la e todas às vezes descubro novos detalhes e minúcias que realmente considero surpreendentes. Parabéns Isabel!

A artista nos revelou que se inspirou em dois clássicos para desenvolver sua história:

- No mito do labirinto de Knossos
- Na história "Panurge" do antigo autor francês Rabelais

Esses textos estarão em breve on line, junto à série e.motions.

Após se deliciar com e.motions, abra Isabel Saij [IV}, na mesma página ( https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/sheep ) e divirta-se descobrindo quantas ovelhas, mas não deixe de apreciar também as minúcias e as cores desse magnífico cenário 3D, um QTR Movie. Para mover o cenário de 360º, mova o seu mouse sobre a cena. Ah, o "download" (1 MB) vai demorar um pouquinho, principalmente se você não tem uma conexão rápida, mas vale a pena!

 

2- Porque hoje é sábado vamos falar de filmes clássicos. (!)

por Regina Célia Pinto

 

Metrópole por Fritz Lang

O ano é 2026, o melhor dos tempos, o pior dos tempos, segundo o estilo de Dickens, onde a opressão e a manipulação total das massas é exercida pelo poder inquestionável de poucos. Embaixo, distante na Cidade de Metrópole está a Cidade Subterrânea onde as máquinas são operadas pelos trabalhadores que vivem mais abaixo ainda. Dia após dia, em rotina mecânica, eles são forçados ao limite de sua resistência humana.

"Workers of the Metropolis" por Elizabeth Curtis (UK)

Metrópole por Isabel Saij

O ano é 2005 ..."Nós somos as ovelhas, quer gostemos ou não. A radiodifusão está perpetuamente mentindo, a imprensa mente, manipulando e manipulada, e os políticos parecem orquestrar o todo, completamente limitados, como nós somos. O que poderiam eles fazer, exceto um maravilhoso e brilhante show...
Nós somos as ovelhas e os marionetes. Eles são também.

Metrópole por Fritz Lang

Maria leva as massas até as máquinas da Cidade Subterrânea e ordena que elas sejam destruídas.

Metrópole por Isabel Saij

Talvez nós possamos quebrar as cadeias, cortar as linhas, e ficarmos vermelhos, ovelhas vermelhas, ovelhase nraivecidas!

Metrópole por Brad Brace

Eu penso que há uma revolução universal sendo preparada ...

Metrópole por Edward Picot

Acredito que a tecnologia digital, particularmente a Web está mudando completamente a forma da sociedade, e a criatividade é uma parte disso.

Metrópole por Elizabeth Curtis

Existem muitos artistas que têm um novo conjunto de valores: o reconhecimento de nossas vidas em um universo interconectado combinado com o alcançar sucesso no mundo. O trabalho criativo servindo ao todo abrange esta visão e torna isso plausível. Nós poderíamos todos ser artistas de mudança social.

Metrópole por Regina Célia Pinto

Ovelhas, formigas e besourinhos da Terra vamos juntar-nos na WEB, vamos trocar informações, vamos pensar juntos! Yeahh, talvez o vidente Lang tenha falhado em suas previsões.

 

3- Sublimação Digital e um outro clássico. (2)

por Regina Célia Pinto

 
"Digital Sublimation" (Sublimação Digital)
por Isabel Saij

Isabel nos contou:

"O ponto de partida (primeiro quadro) dessa animação é um desenho sobreuma pequena prancha de madeira , medindo aproximadamente 6x5 cm. Depois de "escanear" a pequena prancha eu criei novos desenhos usando o computador, sempre trabalhando no desenho precedente para desenvolver uma nova fase. Resultado: 110 desenhos. Como eles formam uma sequência eu pude fazer um conjunto com eles, por conseguinte uma animação. Chamei-a de "sublimação digital" porque eu estava pensando nas transformações químicas. Sublimação é quando a matéria passa diretamente do estado sólido para o gasoso.

Normalmente são três estados: o líquido, o sólido e o gasoso."

Bem, seria bom se nós pudéssemos fazer um pequeno desenho de nossa "paisagem política", "escaneá-lo" e transformá-lo da mesma maneira como Isabel Saij transformou sua gravura, de um estado duro, difícil, diretamente para um estado mais leve e feliz.

Certamente isso é apenas uma metáfora, mas será possível conseguirmos uma paisagem política mais leve?

Para responder isso voltemos aos filmes clássicos (2)

2001, uma Odisséia no Espaço por Stanley Kubrick

Kubrick inicia o filme com uma sequência que mostra a aurora do homem. A câmera mostra uma tribo de ancestrais do homem. De repente dois acontecimentos importantes:

1- Um estranho monolito aparece naquele lugar. Aqueles seres estranhos (seriam gorilas?) cercam o monolito.

2- Um dos ancestrais do homem descobre a primeira ferramenta enquanto batia um osso sobre outros ossos. Aquele foi o primeiro ato criador. Provavelmente, naquele momento, também foi descoberta a primeira arma.

Aquele "gorila" continua batendo nos ossos mas depois de alguns instantes ele atira o osso para o alto e nesse momento ocorre uma das minhas cenas favoritas: o osso se transforma em nave espacial e nós ouvimos uma conhecida valsa de Strauss. Em milhões de anos o homem alcançará aa estelas com a mesma
tentativa de movimento criador. Quantos atos criativos existem entre esses dois que o filme de Kubrick nos revela?

A História da humanidade é a História do Poder de Criação, não é?

Eu realmente acredito que o Poder de Criação constrói a História e se ele constrói a História, certamente ele pode mudar a nossa paisagem política... (para melhor ou não...)

" Uma das ilusões mais nefastas não será a que consiste em olhar a expressão artística como uma atividade de especialistas, estranha à realidade dos problemas vivos? Parece-nos ao contrário, que qualquer criação, seja qual for o nível em que se situe e sejam quais forem as ideologias que a justifiquem, está em relação imediata com esta liberdade coletiva, perpetuamente brotando, que anima a realidade humana, abala as estruturas mais adormecidas ou estratificadas e projeta os grupos humanos na mutação, no devir, na história.."
(Jean Duvignaud)

Gostaria de lembrar algumas considerações de nossos associados que certamente complementam os textos acima:

" El paisaje político siempre ha contado con la participación del "poder creativo" ya que este siempre ha existido, para bien o para mal. Si el ser humano toma conciencia de que se puede y debe cambiar el paisaje político, el poder creativo será una gran herramienta."

(Isabel Aranda)

"Si puede. Y queda en evidencia en múltiples ocasiones ...... porque poder de creación es la capacidad de crear otras realidades que modifican inevitablemente ese " paisaje político " de apariencia inmóvil desde los poderes que pretenden un control permanente ... y pasa que de pronto humanas y humanos creamos lo inesperado señalando un antes y un depués ... constituídos hoy como hitos históricos de proceso humano ....

(Nilda Saldamando)

"Depende de las circunstancias históricas. En general y en su mayor parte el arte es inocuo en relación a los cambios sociales y a las revoluciones. Sin embargo, cuando se obstruyen los canales de comunicación democráticos (p.e., en las dictaduras o bajo un terrorismo de Estado) el arte puede suplir esa carencia. El arte expresa la conflictividad social necesariamente (no puede dejar de hacerlo, haga lo que haga) y sólo puede cambiarla en la medida en que trasmitir la necesidad de los cambios. Es decir, no el arte quien cambia sino las gentes, las personas que asumen la conciencia de la necesidad de los cambios."

(Clemente Padín)

 

4-Vamos respirar o gás hilariante no Bagdá Café... (3)

por Regina Célia Pinto

 


Continuarei comentando sobre transformações e novamente começarei a resenha com “Digital sublimation" de Isabel Saij. Por favor veja esse filme um pouco acima.

Ele é um pequeno filme "quick time" e mas com imagens gráficas muito ricas, Edward Picot (UK) nos escreveu:

- “Gostei muito da animação "Digital Sublimation" de Isabel Saij. bonitas formas, cores e texturas."

É isso aí, como havia comentado antes, eu não canso de observar os trabalhos de Isabel Saij. Sempre que faço isso, descubro novos detalhes e minúcias as quais considero surpreendentes. Essa declaração serve perfeitamente para "Digital Sublimation". Saij nos contou o modo pelo qual ela obteve os 110 desenhos e que tudo começou em uma pequena prancha de madeira. Acredito que essa é a razão pela qual as imagens são bastante orgânicas. Conseguir formas orgânicas não é muito fácil usando apenas o computador. Também gosto do conceito de sublimação, o jeito pelo qual a madeira torna-se digital - de um estado sólido para um estado gasoso.

Interessante é que se você quer ver o primeiro quadro novamente você tem que clicar o botão "play", Saij não criou um "loop". O trabalho termina na última imagem gasosa. Talvez isso indique a trajetória de Isabel Saij na Arte...

Bagdad Cafe por Percy Adlon


"Dirjindo através do Desrto de Mojave em qualquer ligar entre Las Vegas e Disneilândia, um par de turistas alemães de meia idade tem uma briga... e então a esposa, Jasmin, arrisca-se sozinha, marchando estrada abaixo puxando sua mala enorme. Ela é uma visão tão improvável que Brenda, a irritável proprietária do Bagdá Café onde o Jasmin pára, imediatamente suspeita dela. Todavia uma relação hilariante e comovedora se desenvolve entre estas duas mulheres de culturas tão diferentes. Com a ajuda da força criadora que Jasmim descobre em si mesma, o poeirento e decadente Bagdá Café se transforma completamente e de repente, no meio da desolação do deserto, cria-se um oásis de amizade e criatividade.


“...simultaneously poetic, dazzling and intoxicating. In Bagdad Cafe, we discover a kind of chemistry that all of a sudden transforms a down-to-earth reality into something utterly volatile, a blend of dream and enchantment.” (LE FIGARO, 4/20/88)

[“...simultaneamente poético, deslumbrante e intoxicante. Em Bagdá Café , nós descobrimos um tipo de química que de repente transforma uma realidade dura em algo totalmente volátil, uma mistura de sonho e encanto.” (LE FIGARO, 4/20/88)]

he he he Le Figaro também constatou a "Transformação Química"

Uma vez mais nós temos uma história que lida com a força do Poder da Criação (representada por Jasmin) e mostra o jeito como a paisagem pode ser mudada (apenas essa não é uma paisagem política). há outros elementos muito interessantes para serem analisados em Bagdá Café, como por exemplo, a amizade entre duas pessoas de culturas diferentes – Jasmin e Brenda (Quantas pessoas de culturas diferentes são atualmente amigas por causa da NET?); também o jeito como Jasmin se liberta de seu marido descobre seu SELF e seu Poder de Criação, merece nossa atenção. Você se lembra da resposta de David Daniels, releia acima a resposta de número III.

What gets me about ‘Bagdad Cafe’ is the movie’s feel for the creativity of unusual or outcast people. Nobody in this movie has a chance in the outside world, but together they make the Bagdad Cafe a great place to stop. It’s a story of lost people finding themselves. (Howie Movshowitz, THE DENVER POST, 5/18/88)

[O que me comove em Bagdá Café é que o sentimento filme mostra pela criatividade de pessoas muito simples e comumente esquecidas. Ninguém no fime tem uma chance no mundo lá fora, mas juntas elas fazem do Bagdá Café um grnade ponto de parada. è uma história de pessoas perdida procurando por si mesmas. (Howie Movshowitz, THE DENVER POST, 5/18/88)]


Por um momento,vamos respirar o gás hilariante no Bagdá (!) Café. Vamos nos tornar voláteis a despeito da dureza da realidade. Talvez sendo voláteis nós possamos decifrar nosso próprio labirinto e encontrar uma saída criativa para as nossas vidas.Vamos começar a mudar o mundo por nós mesmos...Vamos nos tornar ovelhas coloridas como as do alegre rebanho de Paulo Villela! (https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/sheep/ , clique Paulo Villela e P. Villela & R. Pinto.)

 

6-Penso logo Resisto

por Joesér Alvarez

 

O que, no filme de Kubrick, é uma alusão ao nascimento da técnica numa sociedade simples (hominídeos) com um salto milenar para a atual sociedade complexa, pode ser interpretado também conforme Dawkins, na sua proposta de uma genética egoísta, a "memética", ou seja, a perpetuação das idéias através dos "memes":unidades de memória transmissoras de cultura.

Desde os primeiros insights, até as últimas teorias, nossa "história" tem sido um texto coletivo, assim como a História, uma literatura da invenção/criação.temos 3.000.000 de anos de cultura em nossos cérebros, inventamos técnicas e dispositivos de convivência (o Estado, a Sociedade, a Pátria, a Humanidade, etc..)

O sufrágio universal é uma criação política, assim como a política é uma criação humana. o homem é um animal político equivale também a dizer q o Homem é uma invenção do homem. o que, por sua vez, é equivalente à máxima "tudo é maia" (ilusão/ficção) o que, por sua vez, é equivalente a "Nessa noite escura, só nos resta literatura"

Qual o melhor texto?
Qual o melhor roteiro a seguir?

A realidade como ficção, a ficção como realidade
(Michel Moore, enquanto segurava um oscar)

Nesse ponto concordo com Saij: somos todos ovelhas mas nem todas são brancas (ou verdes) o papel do artista ovelha, é o da ovelha negra: enxergar quando ninguém vê. berrar quando ninguém berra somos todos diferentes (a maior das verdades) ninguém é igual, perante a lei sempre há uns mais iguais que os outros...

Por isso penso que a resistência é a trincheira da arte, não da Arte
A filosofia, munição da palavra, arma aceitável pra construir a história, não a História
Pode uma obra de arte mudar o mundo? Pode o bem vencer o mal?
A dúvida é última que morre - ou não
Penso logo resisto

No princípio era o verbo, e o verbo estava com deus, e os homens criaram os deuses à própria semelhança.(Joãocrates)
O mundo como desejo (Schopenheiddger).

 

6-O Lobo em Pele de Cordeiro

por Regina Célia Pinto

 

Penso que terminei meus comentários sobre a primeira questão: Você pensa que o Poder da Criação pode mudar a nossa Paisagem Política?, então agora estou introduzindo meus comentários para a segunda questão: - Você acredita que o Sufrágio Universal pode mudar o mundo?


O "Loup Mouton" (O Lobo Cordeiro )

O "Loup-Mouton" é um desenho da Série Fragmentos de Isabel Saij. Este desenho é formado por uma nervosa e forte linha negra. É um "Loup-Mouton" gestual onde a agressividade das linhas negras que algumas vezes são quase arame farpado, contrastam, com a inocência e esmaecida lã das quase linhas brancas (mais visíveis no desenho impresso). Por causa disso o desenho de Saij consegue mostrar o caráter duplo do bem conhecido "Loup-Mouton" - "o lobo em pele de cordeiro".

Atualmente, a expressão "lobo em pele de cordeiro" é muito usada para indicar alguém, geralmente um político, que aparenta ser uma pessoa maravilhosa mas, pelo contrário, ele é o Mal.

Estou certa que todos conhecem a famosa fábula de Esopo:

O Lobo em Pele de Cordeiro

CERTA VEZ um Lobo resolveu disfarçar sua aparência para conseguir comida mais facilmente. Vestido numa pele de cordeiro, ele foi pastar com o rebanho, enganando o pastor com o seu disfarce. * À noite ele foi trancado pelo pastor no aprisco, o portão foi fechado e sair seria impossível. Mas o pastor voltou ao aprisco durante a noite para obter carne para o dia seguinte e erroneamente, pegou-o e matou-o instantaneamente.

* Bem, para mim, atualmente, pensando em alguns políticos, a fábula termina na palavra "disfarce"... a impunidade é completa...;-(

Contudo gostaria de convidá-los a navegar em: https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/sheep/. Lá procurem por Edward Picot e cliquem. Esta ovelha combina muito bem com o texto acima.


Elizabeth Curtis (UK) comenta:

"O desfile de ovelhas de Edward Picot é muito pungente - nós temos uma eleição geral em 05 de maio e o Partido Trabalhista de Mr Tony Blair pode não ser re-eleito, por causa de sua falta de transparência na guerra do Iraque. Uma mudança de líder asseguraria o voto. A maioria das pessoas perdeu o respeito por ele devido a ser um bajulador da América. Não parece bom ser britânico nesse momento.

Vocês lembram o que o nosso amigo Clemente Padín respondeu?

....A Arte necessariamente expressa o conflito social (isso não pode ser evitado, é impossível...)

O trabalho de Edward Picot, essencialmente político e muito inteligente , mostra isso claramente. Ao acessá-lo, vemos em primeiro lugar um pacífico rebanho de brancas ovelhas, que pasta numa pequena elevação à beira de um espelho d'água (o mar?), na verdade não são ovelhas reais mas ovelhas pintadas pelo pintor Pré-Rafaelita Inglês William Holman Hunt (1827 - 1910); o qual buscou revitalizar a arte de seu tempo enfatizando a observação detalhada do mundo natural num espírito de devoção quasa-religioso em relação à verdade. Também ouvimos uma linda e muito calma composição musical de autoria de Erik Satie (1866 - 1925). Reina completa paz nessa paisagem... Súbito, num movimento do mouse, o primeiro susto: a ovelha negra Saddam Hussein aparece em dois tempos diferentes - no auge da glória e no fundo do poço. Move-se o mouse e vão aparecendo as outras surpresas, tanto podem aparecer o bode expiatório como cenas do mundo atual ( (UK?). Não podemos esquecer que o mito do bode expiatório hoje está relacionado à ideologias extremistas, nele tanto se pode ver Bin Laden X ocidente como George Bush X terrorismo...). Quando acessei o trabalho pela primeira vez, a última "ovelha" que apareceu foi o "lobo em pele de cordeiro" - Tony Blair... Perfeito!

Não tenho idéia do motivo pelo qual Edward Picot escolheu William Holman Hunt para ilustrar o seu trabalho, mas é curiosa a busca da verdade ou de mostrar a verdade tanto em Hunt como em Picot. Uma coincidêcia? Se Hunt procurava a verdade do mundo natural, Picot busca a verdade no mundo político, essa sem dúvida uma tarefa muito mais árdua, como bem afirmou Muriel Frega:

"— La política es algo que básicamente me molesta porque reúne todas las características de lo que me desagrada, mentiras, ocultamientos, conveniencias, corrupción..."

Concordo plenamente com ela. E é exatamente por isso que o "rebanho" de Edward Picot me entusiasma, através de um simples jogo de imagens e de uma música que encanta e que não prepara o espectador para o que vai acontecer - excelente achado - foi construída uma narrativa que pode ser entendida por todos e que mostra bem o que é a política e a maioria dos políticos - infelizmente!

 

7- Respostas para as Questões de Regina

por Isabel Saij

 

Gostaria de agradecer a todos que estão participando dessa resenha. É uma grande satisfação para mim ler comentários vindos de artistas que habitam três continentes diferentes.

Foco na questão 1:

"Poder de Criação" verso "Paisagem Política"

Depois de ler as declarações tive a impressão de encontrar dois grupos de respostas:

-a força da criação ( e o perigo político /social que ela pode trazer a qualquer administração ou governo)
-a falta de ilusão de que somente a criatividade/criação pode mudar a paisagem política.

Tudo isso me fez lembrar uma viagem que fiz a URSS (Moscou Leningrado). Isso aconteceu em 1989 no período Gorbatchow, um tempo em que quase nada havia ainda mudado. Fui convidada por artistas russos e compartilhei um pouco de suas vidas. Esses artistas não eram artistas oficiais: eles eram muito pobres e sabiam que eram observados. Apresentar uma nova criação era sempre sinônimo de perigo. Um exemplo: um artista (cineasta) contou-me que ele tinha justamente terminado um filme quando na manhã do dia seguinte, a KGB bateu em sua porta e o confiscou imediatamente. Quem foi o delator? Ninguém soube... A falta de liberdade não os levou a desistir. Uma vida inteira com medo. uma experiência terrível que eu nunca esquecerei.

Joesér escreveu "a resistência é a trincheira da arte". Sim.

Como artista do mundo atual para mim é impossível evitar qualquer consciência política ou social e sinto a necessidade de expressar isso ruidosamente. Para muitos de nós as condições são cumpridas: uma (relativa) liberdade de criação e um acesso a algumas informações, não previamente filtradas, pela internet - os amigos e contactos em vários países constituem essas fontes de informação. Caso contrário o único "risco" é tornar-se um artista oficial (nós temos alguns na França perseguindo ministros e medalhas. Uma pena!)

Só uma pergunta para o Brad: pode você nos informar um pouco mais sobre " a revolução universal que está sendo preparada..."?


"Metrópole", "2001, uma Odisséia no Espaço" e "Bagdá Café"...

Realmente apreciei a Regina ter analisado meus trabalhos paralelamente com esses filmes (Algo que nunca mencionei antes: adoro cinema!). Sobre Bagdá Café (um outro título: "Out of Rosenheim"), eu gostaria de acrescentar que Marianne Sägebrecht, (Jasmin Münchgstettner from Rosenheim) é exatamente como a sua personagem Jasmin. Ela é uma mulher muito especial. Fala pouco mas é carismática (com o seu forte sotaque bávaro). Assisti ao filme na Áustria (versão alemã) e o modo como ela pronuncia "Münchgstettner" (um nome particularmente típico na Alemanha do Norte e na Áustria) é irresistível, de forma que todas as pessoas morrem de rir. Marianne Sägebrecht é Autora de livros e de vez e, quando, em Viena, ela lê alguns de seus textos no teatro. Ela é bastante reflexiva, apresenta uma enorme quantidade pensamentos filosóficos através de experiências pessoais. Essa mulher é como poesia.

Também me me alegrei com a referência à fábula de Esopo: usar mitologia e fábulas são dois de meus caminhos favoritos para contar histórias. imagens e símbolos podem ser largamente entendidos em oposição a linguagem e palavras. Mitologia e fábulas (Esopo e La Fontaine) são antigas, um tipo de herança comum, certamente uma boa explicação que as torna facilmente acessíveis.

Isabel Saij

 

8- Respostas para os comentários de Isabel Saij

por Regina Célia Pinto

 

Isabel, obrigada pelo relato comovente sobre a sua temporada entre os artistas russos. A ditadura, seja ela de esquerda ou de direita , é sempre muito difícil para quem a vivencia. O poder autoritário tem sempre a mesma face. Aqui no Brasil também ela esteve presente durante vinte anos, tornando a vida dos artistas e críticos muito difícil. No entanto, por mais estranho que pareça, esse foi um período muito fértil para a Arte no Brasil. Artistas como Lygia Clark, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque de Hollanda se tornaram praticamente marginais mas onde também criaram grandes obras, hoje internacionalmente conhecidas.

(...) muita gente mal comprimenta o pessoal da Tropicália, inclusive os antigos amigos, o que faz lembrar o que havia conosco na época Neoconcreta. O fato é que quando há real inovação, a sabotagem sempre impera: nunca vi tanta gente mesquinha e idiota por aqui _ é merda política, artística, humana! Em São Paulo há tremenda tensão: *


estive com Gil e na casa dele cada vez que tocam a campainha tem-se que olhar de uma vigia pela outra porta para ver quem é, pois ele tem recebido telefonemas chatíssimos e a ameaça paira permanentemente. É um inferno.(...)
1

(Texto de carta de Hélio Oiticica para Lygia Clark> OITICICA, Hélio apud COSTA, Afonso Henrique et alii. Sala especial do IX Salão Nacional de Artes Plásticas. Rio de Janeiro, Funarte, 1986, s/p.)

Creio que essa é a hora apropriada para dizer o que penso sobre Sufrágio Universal e gostaria de registrar novamente a resposta de Nilda Saldamando (Chile):

el sufragio manifiesta una opcion a considerar inobjetable .... como el no a la dictadura ... que sí nos cambió el mundo .....

Bem, é isso aí, até agora nada de melhor foi inventado do que o Sufrágio Universal, pois foi através dele que se pôde dizer não à ditadura aqui no Brasil. Mas foi um longo caminho o que percorremos para chegar às eleições diretas e abandonar o autoritarismo - uma enorme mobilização popular foi necessária. Hoje, finalmente, temos liberdade mas no que se refere à desigualdade social, ao desemprego, à pobreza e à corrupção, vivemos tempos muito difíceis. Será que o Sufrágio Universal conseguirá mudar isso algum dia? ...

Não acredito em grandes mudanças, como afirmaram Deleuze e Guattari:

—"Se o rosto é político, desfazê-lo também é uma política. Não podemos lutar contra o rosto e contra a máquina abstrata de "visageieté".

Não acredito que o mundo esteja marchando para um estado de ventura total. O paraíso estará sempre mais adiante, na próxima esquina, na virada da curva... Existirá o BEM sem o MAL?

Porém acredito em pequenas mudanças, mudanças quase microscópicas realizadas por pessoas criativas e interessadas como a personagem Jasmim do Bagdá Café (Isabel, mais uma vez obrigada, dessa vez pelas suas informações sobre Marianne Sägebrecht). São essas mudanças que me entusiasmam. Para mudar o mundo que tal olharmos primeiro à nossa volta? Esse para mim é o papel político do artista.

Para concluir, um final poético:

Alguém já afirmou que se uma borboleta bater as asas no Japão esse movimento afetará o mundo inteiro. Bem e se milhares de borboletas batessem as asas em diversas longitudes e latitudes, o que aconteceria?... E se esse bater de asas acontecesse dentro da grande rede - a Internet?

 

9- Outros caminhos e conclusão

por Regina Célia Pinto

 

Apesar de estar concluindo essa primeira resenha de 2005, devo confessar que muito ainda ficou por ser analisado. No entanto, o recorte que fizemos, embora pequeno, foi bastante significativo. Se vocês visitarem os sites da artista, encontrarão uma enorme variedade de excelentes trabalhos e projetos:

http://www.saij-netart.net
http://www.saij-copyleft.net
http://www.bibiche.net
http://www.digressions.net
http://www.saij-photos.net
http://perso.wanadoo.fr/isabelsaij-net

Pretendo aproveitar esse espaço que nos resta para comentar alguns caminhos da artista que muito me seduzem quando sigo através deles:

- As fotografias,

- O seu trabalho de crítica (poética) de novas mídias,

- O seu site copyleft

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1- As fotografias:

Isabel Saij é uma excelente fotógrafa digital. Uma visita ao seu site http://www.saij-photos.net é uma atividade que pode levar um dia inteiro sem que nos cansemos. Tanto as fotos surprendentes (vejam por exemplo as do ZOO) como também a maneira elegante como elas são apresentadas nos incitam sempre a mais um clique. No Museu do Essencial e do Além Disso as duas séries de fotografias da artista merecem alguns comentários. A primeira delas está sendo exibida no Festival de Inverno https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/festival/festival.html, e é uma série sobre a "bruma". A sensibilidade da artista nos envia o frio e a solidão do Inverno das paisagens de "Vendée", França. Tecnicamente o uso de diferentes distâncias para registrar a paisagem nos fornece uma narrativa quase cinematográfica. Belíssimo! A outra série pertence ao Projeto Sheep's Parade https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/sheep/ , clique Isabel Saij [I]. Essa nos revela alguns momentos de um rebanho de ovelhas. A Artista soube captar muito bem as posturas e expressões desses animais, reparem que não há uma foto em que o ponto de vista seja lateral, pois essa seria a representação mais comum e também menos expressiva de uma ovelha. Ao contrário da outra série, essa foi trabalhada num programa de edição de imagens e as fotos, em virtude do título dessas resenhas colaborativas /2005, receberam uma coloração verde elétrico que colabora não só com a resenha ;-) como também para dar um toque exótico e bem humorado à seriedade das ovelhas.fotografadas.

2- O seu trabalho de crítica (poética) de novas mídias:

A formação de Isabel Saij na Sorbonne - Paris 1, na área de "artes visuais e ciências da arte" e o seu tino poético permitem que a Artista nos brinde com um tipo delicioso de Crítica de Arte, onde pensamentos profundos e perspicazes são apresentados de forma leve e sedutora. A artista escreve regularmente para a revista eletrônica Netartreview (uma criação de Eduardo Navas) e já presenteou o Museu do Essencial e do Além Disso com duas de suas resenhas, uma delas sobre os banheiros de nossa instituição http://www.arteonline.arq.br/museu/bathroom/saij.html e a outra sobre o jantar virtual de passagem do ano de 2003 para 2004 no Restaurante Eating Pixels. Caso vocês tenham esquecido, o restaurante está situado no terraço do museu. Isabel é vista por lá freqüentemente e sempre nos fornece excelentes dicas de receitas da boa cozinha francesa.

3- Copy-left:

Artista politizada e atual Isabel Saij é uma copyleft ativista, possuindo um site copyleft (http://www.saij-copyleft.net/) onde é permitido o uso das imagens e trabalhos que lá estão, desde que sejam respeitadas as condições da Arte Livre:

"ARTE LIVRE - Atitude Copyleft:

Com a licença da Arte Livre, você está autorizado a copiar, distribuir e transformar livremente a obra de arte, sempre respeitando os direitos do criador.

Longe de ignorar os direitos do autor, esta licença os reconhece e protege, reformulando os seus princípios, tornando possível ao público o uso criativo das obras de arte. Enquanto os atuais direitos de propriedade literária e artística resultam na restrição do acesso público às obras de arte, o mérito da licença da Arte Livre é encorajar este acesso.


A intensão é fazer com que a obra se torne acessível e permitir o uso de seus recursos para o maior número de pessoas: para usá-la com o fim de aumentar o seu uso, para criar novas condições de criação para multiplicar as possibilidades de criação, respeitando os criadores com o reconhecimento e defesa de seus direitos morais.


De fato, com a chegada da era digital e a invenção da Internet e do Software Livre, surgiu uma nova visão sobre criação e produção. Esta licença também encoraja a continuação do processo de experimentação utilizado por muitos artistas contemporâneos.


Conhecimento e criatividade são recursos, que para serem realmente autênticos, devem permanecer livres, atividades básicas de investigação que não necessariamente estão relacionadas com aplicações concretas. Criar significa descobrir o desconhecido, inventar a realidade sem dar atenção ao realismo. Desta forma, o objeto (ou objetivo) da arte não é a obra de arte terminada e definida.


Esse é o principal objetivo da licença da Arte Livre: promover e proteger a prática artística das regras da economia de mercado."

MARAVILHA não é? Muito mais em:

Português: http://artlibre.org/licence.php/lalbr.html

Espanhol: http://artlibre.org/licence.php/lales.html

Existe um outro grupo: o "creative commons" que também trabalha nesse mesmo sentido. Creio que esse é um assunto que pode ser muito discutido, ainda mais depois das declarações do Sr. Bill Gates que nos foram reveladas logo no início dessa resenha por Isabel Saij. Pretendo desenvolver mais esse assunto em breve quando conseguir finalmente encerrar (ou não ;-) o debate sobre a possibilidade de venda da Web.Arte, Net.Arte.

Obrigada querida Isabel pela sua constante colaboração e pelo seu extraordinário interesse. Foi realmente ótimo trabalhar com você. Parabéns sinceros pelo seu trabalho e pelo sua participação engajada no ciberespaço.

Obrigada a todos que colaboraram com idéias ou apenas seguindo com interesse tudo o que foi analisado,

Rio de Janeiro, 12 de maio de 2005

Regina Célia Pinto

https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential
https://archive.the-next.eliterature.org/museum-of-the-essential/library.htm