|
Revista
Symposium: Ciências, Humanidades e Letras. Recife, PE, Universidade
Católica de Pernambuco, ano 5, nº 1, janeiro-junho
2001, 86p. Capa de Lilian Costa, recriação a partir
do poema "Orfeu", de Elson Fróes. Editor: Paulo
Fradique. Redator: Fernando José Castim Pimentel. Impressão:
Fasa Gráfica. Editoração eletrônica
e programação visual de Lilian Costa. Publicação
semestral.
|
A
Revista Symposium, da Universidade Católica de Pernambuco, acolheu
o primeiro resultado de um debate que ocorreu no Programa de Estudos
Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica
da PUC SP, a partir do seminário de pesquisa aplicada "Gêneros
na comunicação impressa, audiovisual e eletrônico-digital",
ministrado pela Profa. Irene de Araújo Machado.
Desde a ementa instigante, passando por todos os fichamentos de leitura
que foram feitos ao longo do curso, outros fatos extremamente significativos
aconteceram: a formação do egroup Generosemiotica, que
perdura até hoje; a aprovação de todos os temas
no "Genres and Discourses in Education, Work and Cultural Life:
Encounters of Academic Disciplines on Theories and Practices",
na Faculty of Education da Oslo Univeristy College, em Oslo, na Noruega,
em maio 2001; a aprovação do ensaio sobre poesia digital
no International Poetry Festival (E Poetry 2001), na State University
of New York in Buffalo, USA,. em abril de 2001; a reunião dos
textos na Revista Symposium; e muitas coisas mais.
A capa, de Lilian Costa, fez a correta junção de palavras
e imagens com a presença de objetos (disquete e cd-rom) e com
um fundo contendo outros elementos. Ilustração e fotografia
num tratamento digital produziram o efeito de uma terceira dimensão.
O design da capa traz um forte elemento de empatia que faz com que o
leitor sinta um grande interesse pela publicação.
A editoração eletrônica
e programação visual, também a cargo da Lilian
Costa, usando tinta preta sobre papel de cor areia, apresentam um adequado
espaçamento entre linhas, parágrafos e títulos,
mostram-se bastante leves e adequados para uma leitura agradável.
Os textos, embora longos, se apresentam visualmente "curtos".
O formato da revista também facilita deixá-lo em nossos
pertences de mão, para poder ler e mostrar a publicação
para outras pessoas.
Nove ensaios compõem o volume que
aborda a questão dos gêneros na televisão, nos títulos
dos romances de José Saramago, no jornalismo impresso diário,
no jornalismo de uma forma panorâmica, no gênero conversacional
(chat) e na poesia digital. Os títulos dos ensaios são:
Gêneros e comunicação: uma nota introdutória
(Yvana Fechine), Por que se ocupar dos gêneros? (Irene Machado),
Gêneros televisuais: a dinâmica dos formatos (Yvana Fechine),
O título como gênero discursivo nos romances de José
Saramago (Míriam Rodrigues Braga), Do feixe ao diagrama (Djalma
Luiz Benette), Gêneros jornalísticos: repensando a questão
(Jorge Lellis Bonfim Medina), O chat como gênero digital (Maria
do Carmo Martins Fontes), O gênero poesia digital (Jorge Luiz
Antonio), e Gêneros da comunicação impressa, audiovisual
e eletrônico-digital: uma bibliografia complementar (Irene Machado).
Yvana Fechine apresenta os ensaista e fala dos objetivos da publicação,
e, depois, estuda os gêneros televisuais como "matrizes,
de natureza tanto semiótica quanto sócio cultural, que
permitem a organização da própria linguagem de
televisão".
Djalma Luiz Benette aborda o gênero jornal impresso diário
(JID) como uma tradução da "realidade/fato"
em matéria jornalística verbal e visual na segunda dimensão
do papel. Numa visão mais panorâmica, Jorge Lellis Bonfim
Medina aborda os gêneros jornalísticos como sendo "determinados
pelo modo de produção dos meios de comunicação
de massa e por manifestações culturais de cada sociedade
onde as empresas jornalísticas estão inseridas".
Miriam Braga faz uma catalogação dos títulos dos
romances de José Saramago, tomando a titologia como gênero
literário.
Irene Machado "aborda as possibilidades
de organização das mensagens em processos comunicativos
mediados".
Abordando os meios digitais, Maria do
Carmo Martins Fontes faz um "mapeamento preliminar daquilo que
chamamos de gênero conversacional digital: o chat", enquanto
Jorge Luiz Antonio apresenta uma breve teorização da poesia
digital e traz um levantamento inicial dos diferentes tipos de poesias
agrupadas sob essa denominação e gênero.
A conclusão do tema ficou a cargo de Irene Machado, que apresentou
uma bibliografia complementar sobre os gêneros da comunicação
impressa, audiovisual e eletrônico-digital, acrescentando novos
subsídios àqueles que se interessam pelo tema.
Devido à sua linguagem clara, objetiva e concisa, a Revista Symposium,
em seu número dedicado ao estudo dos gêneros, é
destinada a estudantes e professores das áreas de jornalismo,
literatura, poesia, televisão, comunicação.