INTRODUÇÃO
        Este 
          comunicado tem a intenção de apresentar algumas estruturas 
          ou elementos constitutivos de uma atividade poética que vem sendo 
          explorada nos meios eletrônico-digitais (computador, rede, internet, 
          disquete, cd-rom) que apresenta uma certa semelhança com o que 
          podemos denominar inicialmente de um percurso da poesia através 
          dos tempos e dos meios de expressão. Não se trata, é 
          claro, de uma amostra de grande abrangência, mas aquela que permite 
          expressar alguns pontos de vista previamente estabelecidos. É 
          o uso poético da palavra que se adequa às mais diferentes 
          técnicas e tecnologias como forma de comunicação 
          poética.
        A PALAVRA 
          POÉTICA NO CONTEXTO DIGITAL
        O ato de 
          escrever à mão, à máquina, ou ao microcomputador. 
          A princípio, isso pode parecer apenas um percurso histórico, 
          mas cada um deles representa e determina um procedimento técnico 
          que conforma nossa maneira de expressar.
          A questão da palavra, aqui vista como palavra-poesia, em sua 
          relação com a imagem, merece outra reflexão e detalhamento, 
          agora já ao nível do contexto eletrônico-digital.
          Vamos imaginar um computador, uma linguagem informática e uma 
          tela do monitor. Nesse computador, um editor de imagens, um operador 
          com experiência literária e conhecedor tanto da linguagem 
          informática (um poeta-operador) como da linguagem literária 
          (artista da palavra).
          Na tela do microcomputador, a possibilidade variada de registro na dimensão 
          virtual e seus sucedâneos mais limitados (cópia em papel, 
          em disquete, via internet, cd-rom, etc.).
          É o poeta da palavra se tornando operador virtual da palavra.
          A palavra deixa de ser linguagem verbal e amplia seus horizontes, suas 
          delimitações, para tornar-se texto verbal, sonoro, visual, 
          audiovisual, digital, em outro contexto. Ou seja, "poder lançar 
          mão de recursos que só o computador possibilita, como 
          a estrutura em aberto do poema, a navegação não-linear 
          ao longo do texto e a participação interativa do leitor. 
          Neste caso, o poema deve ser distribuído diretamente por meios 
          digitais, como disquetes e CD-ROMs, ou então deve ser acessado 
          eletronicamente, por intermédio das redes telemáticas 
          (Internet, por exemplo)." (Machado 1998: 16)
          Trata-se de uma tentativa de equilíbrio entre o conhecimento 
          técnico da informática e o da literatura, mas com uma 
          ênfase na criatividade, na elaboração de uma outra 
          linguagem que une a máquina e o sentimento humano. A interface 
          . A interatividade.
          Se incluirmos, aqui, o conceito de montagem, da forma como Eisenstein 
          teorizou e colocou em prática, mesmo que esse conceito não 
          aborde, ainda, a questão da montagem digital, mais riqueza de 
          observação e reflexão se nos apresenta.
          A presença da palavra poética no contexto digital pode 
          ser analisada sob vários aspectos: na presença e na ausência 
          da própria palavra, na sua legibilidade ou ilegibilidade, na 
          sua relação com a imagem infográfica, no produto 
          resultante da junção intencional da palavra e da imagem, 
          no predomínio tanto da imagem como da palavra, e assim por diante.
          Igualmente é possível analisar um conjunto de palavras, 
          fragmentos de frases e/ou versos, ou até versos, já não 
          mais sob o ponto de vista linear da poesia rimada e metrificada, mas 
          já como espacializada, hipertextualizada, com inúmeros 
          "links" também visuais, tridimensionais, etc. Aqui 
          vale pensar no poema diagrama de Jim Rosenberg ou na poesia virtual 
          de Ladislao Pablo Györi, em que a dimensão virtual (visual, 
          espacial, tridimensional) determina novas leituras, em que o enfoque 
          hipertextual se torna a característica dominante. É claro 
          que a hipertextualidade já existia nos textos verbais, mas esse 
          não é o enfoque deste ensaio.
          Podemos estender o conceito de palavra poética (vamos chamá-la 
          de palavra poética digital) a uma intenção de um 
          artista multimídia que tem como ponto de referência para 
          a criação artística uma postura, uma formação, 
          uma tendência literária. Trata-se de uma intencionalidade 
          que o faz voltado para a arte da palavra, mas, mesmo assim, envolvido 
          e interessado na produção de uma nova poesia das mídias 
          (Kac 1996: 98-101), uma poesia das mídias eletro-eletrônico-digitais.
          A expressão palavra poética se refere à poesia, 
          no sentido correto do termo, arte da palavra, linguagem carregada do 
          mais alto significado (Pound 1989: 32), agora conformada no contexto 
          eletrônico-digital. E a generalização palavra pode 
          significar mais do que uma letra ou palavra, mesmo um verso e uma estrofe, 
          no sentido tradicional do termo ou não, mesmo uma relação 
          permutacional, diagramática, hipertextual, espacial, etc.
          Essa palavra pode ser uma forma quase ilegível, alguma coisa 
          que apenas lembra palavra, que é elaborada por alguém 
          que sabemos que faz poesia e não outras artes (plásticas, 
          visuais, teatrais, cinematográficas, videográficas, etc.); 
          uma tentativa de tradução intersemiótica de um 
          texto já existente (um soneto, por exemplo); uma retomada inter 
          e hipertextual de temas "consagrados" pelas poesias verbal 
          e visual existentes, propondo uma leitura computadorizada; uma possível 
          tentativa de mostrar, através da informática, um percurso 
          da i/legibilidade da palavra na experimentação infopoética, 
          de certa forma "atualizando" o conceito de ideograma desenvolvido 
          por Fenollosa e Pound; a intencional desconstrução do 
          significado, no sentido de saber o conteúdo dos poemas, passa 
          a ser vista como uma plurissignificação das mais variadas 
          possibilidades, muitas vezes pelo caminho particular traçado 
          pelo leitor-operador (hipertextualidade); e assim por diante.
          O percurso da legibilidade à ilegibilidade da palavra em relação 
          à imagem, através das múltiplas e variadas possibilidades 
          da tecnologia, pode nos levar à poesia sem palavra, em que a 
          figura geométrica substitui uma palavra inteira, tornando uma 
          colagem de significados representados pelas figuras, como foi observada 
          na poesia visual brasileira da década de 70 (Menezes 1991: 75).
          Uma série de exemplos de poesias parece-nos o caminho mais adequado 
          para a compreensão de uma teoria que se forma da leitura das 
          diferentes poesias existentes.
          A poesia digital - ou qualquer outro nome que ela teve ou possa ter 
          - tem um percurso que vai do som, da palavra e da imagem, do estático 
          ao dinâmico, do linear ao não linear, do intertexto ao 
          hipertexto, da apresentação impressa ou on-line, podendo 
          ser incluído aqui todos os recursos tecnológicos que surgiram 
          ou que possam surgir. Embora possa não ser inovador, é, 
          também, a reprodução no micro ou na internet do 
          que tem sido feito nos livros, mas, se destaca como uma adequação 
          e/ou utilização dos recursos tecnológicos na produção 
          de novos significados.
        1 - A visualidade 
          se faz através das palavras nos versos e estrofes da poesia, 
          com o uso de parataxe e descritividade. A imagem passa a existir na 
          mente do leitor, que entretece significados a partir de palavras que 
          representam aspectos da realidade em sua cultura. Poema de Cesário 
          Verde (Portugal).
        De Tarde
        Naquele 
          "pic-nique" de burguesas,
          Houve uma coisa simplesmente bela,
          E que, sem ter história nem grandezas,
          Em todo o caso dava uma aguarela.
          Foi quando tu, descendo do burrico,
          Foste colher, sem imposturas tolas,
          A um granzoal azul de grão-de-bico
          Um ramalhete rubro de papoulas.
          Pouco depois, em cima duns penhascos,
          Nós acampámos, inda o Sol se via;
          E houve talhadas de melão, damascos,
          E pão de ló molhado em malvasia.
          Mas, todo púrpuro a sair da renda
          Dos teus dois seios como duas rolas,
          Era o supremo encanto da merenda
          O ramalhete rubro das papoulas.
        2 - A visualidade 
          da palavra espacializada I - A palavra se apresenta como imagem e indica 
          movimento, o que representa um dos aspectos da poesia experimental (antes 
          e durante o advento do computador e da internet): economia de linguagem, 
          transgressão da gramática, parataxe, uso do espaço 
          como expressão poética, etc. (Castro 1996b: 144). Poema 
          Pêndulo de E. M. de Melo e Castro (Portugal).
        
        
        3 - A visualidade 
          da palavra espacializada II - Período de transição: 
          os procedimentos técnicos (letra set ou fontes de caracteres 
          de um editor de textos de um software) determina facilidades ou escolhas, 
          sem representar percursos novos, mas, sim, adequação aos 
          novos meios. No contexto eletrônico-digital, a palavra se torna 
          imagem digital, à semelhança da palavra que se transforma 
          em imagem indicando forma e movimento na poesia visual. Trata-se inicialmente 
          de uma adequação de um meio (gráfico-espacial da 
          folha de papel) ao outro (eletrônico-digital e tridimensional). 
          Infopoesia (C)Asa/House de E. M. de Melo e Castro.
        
        
        4 - A visualidade 
          da palavra espacializada III - a inclusão do diagrama e a construção 
          do hipertexto explícito. São relações espaciais 
          à maneira de uma nova sintaxe. O "leitor tem que descobrir 
          o seu próprio caminho através de uma rede de lexias." 
          (Vos 1996: 222). A rota de leitura deixa de ser linear e passa a ser 
          espacial, e, portanto, hipertextual. Poema diagrama Diagram 4.1, de 
          Jim Rosenberg (Estados Unidos)
          http://www.well.com/user/jer/
        5 - A visualidade 
          da palavra espacializada IV - Uma outra hipertextualidade, já 
          numa construção virtual em terceira dimensão. Com 
          o uso da teoria da informação e do cálculo de probabilidade, 
          a modificação da sintaxe usual das palavras para produzir 
          a não-linearidade ou hipertextualidade, numa poesia que passa 
          a ser chamada de poesia virtual (Györi 1996: 158.163). Poema VP12B 
          área A de Ladislao Pablo Györi (Argentina).
          http://www.postypographica.com/menu-en1/genres/vpoetry/menu-en.htm
        6 - A palavra-imagem 
          contexto digital e sua (i)legibilidade. A expressão langu(im)age, 
          de Jim Andrews, em seu site Vispo, resume a palavra-imagem que se espacializa 
          e utiliza dos recursos de um editor de imagens: "VISPO atende a 
          uma linguagem siamesa de palavra e imagem. Eu sou um escritor. A linguagem 
          se transforma correntemente, acontecendo primariamente na Web e na tela 
          dos computadores de forma mais geral, o que conduz a muitos sites inovadores 
          explorando as dimensões visuais da escrita." (Andrews 1995-2000). 
          Poesia digital ABCArchitecture, de Jim Andrews (Canadá).
          http://www.vispo.com.
        7 - A palavra 
          no contexto digital e sua (i)legibilidade II - Por vezes, a palavra 
          vira imagem mesmo, nada restando de seu significado através da 
          representação convencional. Imagem-palavra ou palavra-imagem? 
          Para Melo e Castro, os infopoemas resultam "da interação 
          de três elementos: o indivíduo operador, o hardware e o 
          software, interação sem a qual esses poemas não 
          seriam possíveis." (Castro 1998b: 27). Infopoesia de E. 
          M. de Melo e Castro.
          http://culturabrasil.art.br/meloecastro/
        8 - A poesia 
          diagramática ou hipermídia - Uma poesia não logocêntrica, 
          capaz de compor todas as formas nas quais o conhecimento se manifesta, 
          como palavras, números, imagens, sons, informações 
          históricas etc., adequada à sociedade telemática, 
          uma espécie de diagrama que compele a maneiras não-lineares 
          e ativas de leitura. Antilogia Laboríntica, de André Vallias.
          http://www.refazenda.com.br/aleer
        9 - Palavras, 
          imagens e sons num contexto de poeticidade digital do ciberespaço 
          - Um poesia em movimento. A velocidade como forma de mostrar as muitas 
          facetas da realidade. A necessidade de buscar significados pela reprodução 
          das imagens digitais em movimento. Um encontro com a poesia no ciberespaço. 
          Poemas digitais The Dazzle as Question e Terra, de Claire A. Dinsmore 
          (Canadá).
          http://www.studiocleo.com/projects/dazzle/
          http://www.studiocleo.com/projects/terra/
        10 - A 
          poesia-em-construção numa relação entre 
          autor-leitor-operador: o leitor vira autor e o autor vira o intermediário, 
          pois é quem oferece os elementos. Ciberpoesia, de Sérgio 
          Capparelli e Ana Cláudia Gruszynki (Brasil).
          http://www.ciberpoesia.com.br
        11 - A 
          união entre autor experiente e iniciante, entre a arte e a poesia 
          digitais. A autoria compartilhada em hipertextualidades. Site A Room 
          Without Walls, de Ted Warnell (Canadá). 
          http://www.warnell.com/
        CONSIDERAÇÕES 
          FINAIS
        O breve 
          percurso deste comunicado procurou abranger desde a sonoridade da poesia 
          impressa até a digitalidade da poesia que circula nos sites da 
          internet. É um primeiro mapeamento do que pode ser chamado de 
          poesia eletrônico-digital. Pode configurar-se até num percurso 
          das poesias através dos tempos. Algo como uma antologia, à 
          semelhança da proto-antologia da Poesia Hipermídia, de 
          Christopher Funkhouser, para a poesia norte-americana.
          Foi o que pudemos mapear para o presente comunicado, de forma bastante 
          resumida.
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